Agora ela estava decidida. Iria, finalmente, falar a ele daquele sentimento que a oprimia e a fazia livre. E estava assim: frente a frente aquele moço responsável por aquela verdade que talvez ela nunca quisesse conhecer.
"Mas eu conheci tanto do que eu pensava ser amor... Porque é tão diferente e semelhante aos demais?"
Ela pensava na sua mente desordenada e sentia com seu coração desesperado.
- Uma vez eu disse "não" - finalmente ela conseguiu pronunciar a frase. Hoje me vejo diante do que eu gostaria que você entendesse sem ser dito.
- É algo sobre pássaros... Eu sei - ele respondeu sereno. É sobre cheiro de chuva em terra seca, é simples e enigmático. Você sente mas não vê, e vê e sente no que ainda há de sublime e puro neste mundo porque é raro. Você finalmente olhou para dentro de si mesma...
Ela vacilou. Apesar de toda a compreensão daquele moço sobre o que ela não conseguia admitir, repentinamente ela temeu.
"Talvez seja uma boa hora de enterrar o que estava dado como morto".