sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Penumbra

Hoje meu coração está batendo violento... Talvez doeria menos se parasse de bater.
Não consigo parar de sofrer. Sou tão melancólica, depressiva e deprimente... Minhas leituras me influenciam? Minha vida me influencia. Que ingrata! Que dramática! Que frescura!
Pensar, pensar para que, pensar em que, pensar em quem... Em ninguém, em mim que não mereço meu tempo perdido, ou mereço?!?
Amanhã eu não queria amanhecer...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Retrato de uma cena II


Agora ela estava decidida. Iria, finalmente, falar a ele daquele sentimento que a oprimia e a fazia livre. E estava assim: frente a frente aquele moço responsável por aquela verdade que talvez ela nunca quisesse conhecer.
"Mas eu conheci tanto do que eu pensava ser amor... Porque é tão diferente e semelhante aos demais?"
Ela pensava na sua mente desordenada e sentia com seu coração desesperado.
- Uma vez eu disse "não" - finalmente ela conseguiu pronunciar a frase. Hoje me vejo diante do que eu gostaria que você entendesse sem ser dito.
- É algo sobre pássaros... Eu sei - ele respondeu sereno. É sobre cheiro de chuva em terra seca, é simples e enigmático. Você sente mas não vê, e vê e sente no que ainda há de sublime e puro neste mundo porque é raro. Você finalmente olhou para dentro de si mesma...
Ela vacilou. Apesar de toda a compreensão daquele moço sobre o que ela não conseguia admitir, repentinamente ela temeu.
"Talvez seja uma boa hora de enterrar o que estava dado como morto".
Hoje não é um bom dia para despertar. Porque eles insistem em imitá-lo? E ainda conseguem enganar... Enganam tanto que no dia em que o único e verdadeiro surgir, será difícil reconhecê-lo...