sexta-feira, 25 de abril de 2008
Eu tinha que postar isso hoje...
Depois de algum tempo você aprende a diferença,a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se.
E que companhia nem sempre significa segurança.
Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam…
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas;pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você caié uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se tevee o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que amenão significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém… Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga,você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.
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Acho que preciso sofrer para aprender a fazer as escolhas certas...
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Última postagem dessa noite!
Eu sempre serei assim: ganhando novos amigos, perdendo antigos...
Desfazendo sólidos e duradouros vínculos...
A verdade é que, no fundo, eu amo viver!
Não sei ao certo qual é minha missão na Terra,
mas quando faço alguém sorrir, seja esse alguém quem for,
sinto que minha jornada do dia foi cumprida.
Aos antigos amigos que se foram, saudades.
Aos novos amigos que chegam, parabéns e sejam bem-vindos!
Eu sempre vou preferir morrer de amor!
Homenagem à minha dor
Não quero mais nada!
Não quero ter nada,
não quero ver nada,
não quero sentir nada,
nem o amor...
Não consigo aceitar essas perdas...
Tudo que me é dado,
é tirado logo em seguida...
Uma dor sobrepõe a outra...
De que sou feita senão de carne?
Isso pesa sobre mim mais que a gravidade.
Amo os animas,
os cães,
os gatos
e os pássaros,
e eles me amam,
e me abandonam...
A qualquer amor
Não posso viver sem ele...
Sem ele, os dias são mais amargos que losna.
O mundo sem ele é pálido e insípido.
Só ele,
o amor,
pode fazer-me sorrir.
21/04/2008 - Feriado
Foi um dia que rendeu boas reflexões sobre minha vida... Aliás, todo dia reflito sobre minha vida......
Eu odeio meu trabalho!
Trabalho em um call center, e isso me atordoa, eu tenho tomado anti-depressivo para suportar a pressão! Em compensação tenho uma seleta dos melhores amigos de trabalho de todos os meus quase 23 anos...
Amo desesperadamente meu curso de Letras da UFG, mas abomino algumas coisas naquela faculdade, e digo que há uns dois anos atrás tive uma briga horrorosa naquele campus. Mas ainda há pessoas que aceleram meu coração naquele ambiente...
Sou adoradora da minha família, sobretudo da minha mãe... Por ela, sinto um amor forte, como um magnetismo e uma gratidão inexplicáveis. Pelo meu pai, sinto um respeito e uma reverência que não terei por homem algum. Pela minha irmã, sinto o dever de ser responsável por ela e dar o amor da irmã mais velha. Pelo meu irmão sinto um amor orgulhoso e de admiração.
Não tenho nenhum animal, embora eu os ame loucamente.
Não tenho tempo para muita coisa pois passo minha rotina diária a saltar de um ônibus para outro com um mp4 no ouvido e um livro de Dostoiévki na mão, fazendo a transição de faculdade para trabalho para casa....
Não tenho namorado, mas tenho muito amor no coração... Atualmente, eu tenho tentado dedicá-lo a alguém que não se importa muito com isso... É um pouco parecido com o amor impossível entre Carlota e Werther, porém, o meu ideal não tem outra pessoa e não tem a docilidade de Carlota para lidar com meu amor platônico...
Na verdade, ele me tortura diariamente por onde me encontra... Acho que é por isso que o quero... Nenhum homem conseguiu me amansar. Ele me doma com um olhar!
Não tenho dinheiro, mas o que recebo gosto de usar com meus pequenos caprichos de aprendiz de literata!
Minha vida é cheia de música, ora triste, ora alegre.
Eu sou um caso atípico de mulher felizinha...
Hoje recebi uma linda cartinha de um cara que definitivamente não me interessa em nada. Ele
me dizia que não sou "uma mulher perfeita, mas sim uma linda mulher ideal". Isso depende do ponto de vista de cada um.
Eu gosto de quebrar as regras. Sou ideal para a desobediência.
Hoje, meu dia de trabalho foi bom: fiquei boa parte de meu tempo ociosa. Acho que é para compensar a sobrecarga que terei amanhã!
Hoje eu vi aquele que não menciono. Mas ele me menciona, mesmo que seja para me fazer sofrer...
É tão bom chegar em casa, tomar um banho, ouvir uma música, escrever no meu blog, abraçar minha família....
Tenho pequenas razões de viver... Pequenas, porém grandes para mim...
Queria que todo dia fosse como hoje... Sou tão feliz por poder pensar....
O que tá faltando...
Se eu pudesse defini-lo numa só palavra, eu usaria controle. Acho que é por isso que o desejo ardentemente, diariamente...
Ele simplesmente consegue mostrar-se neutro e dominar a situação.
Passei boa parte desse blog falando de mim, agora quero falar do tipo do homem que gosto, e é esse tipo aí, que você pode ver.
Essa cara enrugada, semelhante a um gato persa, me faz lamentar todos os dias o fato de eu não poder gerenciar os seus pensamentos e vontades....
O mais engraçado é que sei que ele tem ciência de meus sentidos...
Ao leitor,
Não me digas hoje para esquecê-lo... Aquele que já amou sabe que hoje não poderei fazer isso. Eu não mando em mim... Ele manda!
Hoje!
Faz parte - Engenheiros do Hawaii
por uma estória pra contar
por acaso, por um triz
só pra contrariar tua direção
tua mão a indicar o rumo certo
o caminho mais curto
não vou agora, não
não quero te encontrar
preciso me perder como preciso de ar
perder o rumo é bom
se perdido a gente encontra
um sentido escondido em algum lugar
devolva-me o que você levou
ou
leve-me contigo : perca-se comigo
sempre me perco pelas mesmas ruas
não trago mapas
não leio as placas
não sigo pegadas quando sei que são tuas
não vou agora, não
não quero te encontrar
preciso me perder como preciso de ar
se perdi o tom
foi pra escapar da tua atração
canto de sereia em alto mar
devolva-me o que você levou
ou
leve-me contigo : perca-se comigo"
domingo, 20 de abril de 2008
O meu amor não tem
importância nenhuma.
Não tem o peso nem
de uma rosa de espuma!
Desfolha-se por quem?
Para quem se perfuma?
O meu amor não tem
importância nenhuma.
Cecília Meireles
Tudo é uma questão de ponto de vista!
Do ponto de vista em que me encontro agora, percebo que meu amor não tem importância nenhuma. Não tem importância para mim, muito menos para ele...
Fotografia
terça-feira, 15 de abril de 2008
Não consegui pensar num título...
Pode parecer tão banal, mas eu simplesmente não pude controlar meu riso quando, dentro do ônibus, vi uma garrafa de água mineral vazia rolando para lá e para cá, batendo nos pés de todos os passageiros... Até agora, quando me lembro, dou gargalhadas...
Acho que aí está prova de que as pequenas coisas podem nos fazer felizes...
Eu, por exemplo, não quero ter muito dinheiro... Se eu puder comprar todos os meus livros e completar minha coleção dos Beatles, dou-me por satisfeita! Não preciso de muitos amigos pois os poucos que tenho são verdadeiros o suficiente para serem infinitamente amados por mim!
As únicas coisas das quais não abro mão e exijo que sejam executadas tal como desejo são o fato de eu conseguir um título de Doutorado seja por uma UFRJ ou por uma UFMG (que pretensão a minha, hein!) e um grande amor dionisíaco!
Que saudades de ser Afrodite nos braços dele....
E a tristeza das saudades vem....
Mas as garrafas continuam rolando dentro dos ônibus para que eu ainda possa sorrir, mesmo sem o meu amor dionisíaco...
A Dionísio: o 'semi-homem de minha vida'
De Baco romano
De Dionísio grego
O louco
O feio
Esse deus trágico
Trouxe-me uma tragédia
Dionísio
Dionísio trouxe Dionísio
O semi-deus
Trouxe o semi-homem-de-minha-vida
O deus trágico
Trouxe-me uma tragédia
A tragédia é querer tanto
Dionísio
Que eu
Anti-heroína da narrativa
Anacronicamente
Presente numa tragédia grega
Que não é grega
(Mas é de Dionísio
Sobre Dionísio)
E por isso
Morrer um pouco a cada dia
Nascendo de forma feia
Novamente
E amando
Apavoradamente
Um louco
Um feio
Um parvo
Isso é catártico!
Quero ressaltar que não é de minha autoria e, se alguém o ler por aqui e souber quem é o autor, informe-me para que eu atualize esta postagem.
Mas deixo claro que não aceito ser processada por plágio!!!
Pressinto-te, Dionísio,
Nos tons de vermelho,
Na dança dos espelhos
Que nem te mostram.
Prefiro-te assim,
Dionísio antes
De Apolo,
As emoções em desordem,
Transbordamento.
Te aceito,Dionísio,
No vinho e no vermelho
Paixão e caos,
Sonoro canto,
Repleta de gestos
E de gritos.
Vejo-te,Dionísio,
Mãos de tecer
Desejos,
Acendendo tochas
Na imensa noite,
Contendo, em vão,
A fúria dos medos.
Sonho-te,Dionísio,
Deus e mortal,
Tonto entre as rosas bravas,
Tantas bacantes.
Ébrio de sonhar
Nas vinhas,
Sob a ira dos deuses.
Quero-te,
Senhor dos amantes,
Dionisíaco...
Dediquei este a alguém que, hoje, percebo que não se importa... Tem o dom de carregar esse nome maldito!
*Espero que ele nuca leia esta postagem... Não lerá, como digo, ele não se importa!
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Esboço de um enquete
sexta-feira, 11 de abril de 2008
há tantos fatos que me mostram isso que já não há escapatória para essa conclusão tão sincera...
Estou doente.......... Doente de que? Não sei, mas sofro os efeitos dessa doença que me consome...
Cansei de tudo! Ainda bem que tomei a decisão de me reconhecer e de desconhecê-lo... Não significo nada para ele, logo não deveria significar nada para mim...
Não há importância nisso! E eu continuo hipócrita e doente!
domingo, 6 de abril de 2008
De novo esse pássaro!
Não sou Feliz!!!
Sou um ser amargo e cansativo.
Preferia ser uma velha acabada e cheia deles, do que ser jovem e não ter pássaros.
Fiz uma visita ao Hades e encontrei algum de espécie rara, cataloguei esse pássaro e fugiu de mim, abandonou-me...
A sua espécie de pássaro é fugitiva... Culpa dos astros??? Não, culpa minha!
Dei o que não deveria dar e faltei com o que não podia faltar...
Espero que ele ainda se lembre que não falta amor...
Tempo
You fritter and waste the hours in an offhand way.
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.
Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun.
And you run and you run to catch up with the sun but it's sinking
And racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.
Every year is getting shorter never seem to find the time.
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desparation is the English way
The time has gone, the song is over,
Thought I'd something more to say.
Home, home again
I like to be here when I can
When I come home cold and tired
It's good to warm my bones beside the fire
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells. (Pink Floyd)
*Se quiser saber o que fala esta letra, traduza! Vá aprender inglês!
O Tempo é um tema freqüente nos sonetos de Shakespeare...
Há um minuto atrás eu era diferente... Quando pensei no que tenho até hoje e no possível tempo que sonho ter, o Tempo me mostra que muito tempo se passou e tudo que eu fiz, eu mesma desfiz...
O que tenho para deixar??? Se morresse hoje, teria apenas essas tolas divagações e uns R$200, na carteira...
Para que viver? Se nunca dará tempo de fazer o que tem que ser feito, para que perder tempo vivendo???
... é bom perder esse tempo ouvindo Time do Pink Floyd... é bom perder esse tempo pensando num homem que passa pela minha vida e não sei se terei tempo o suficiente para dizer o quanto eu o amo... mas eu o amo, amo o bastante para não ter tempo para isso, pois é eterno...
É eterno o quanto o amo...
Espero que ele leia isso antes que eu morra...
Estou em desordem
Estou tão confusa que não consigo enganar nem aos outros...
Para que tento tirar isso de mim? - Porque me faz mal...
Deveria fazer bem...
Cadê o erro??? Ele existe, mas não o encontro...
Perdi as esperanças de novo.....
Rendo-me, admito-me, não consigo mais...
Algum Anjo, ajudai-me, Deus...........
Deus, penso tanto nele todos os dias, penso mais agora.... Morro a cada minuto, acabei de morrer......
Eu o sinto, mesmo morta, que energia poderosa ele tem...........
Por isso o amo tanto!
Não posso viver sem ele, por isso, vou morrer....
Meu novo vício
Cansada de recomeços e voltas
Não sei o que fazer. Adianta de que os conhecimentos humanos se não é sabido aplicá-los?
Não há sinestesia em mim. Poderia ser chamada de insensível? O mesmo lugar várias vezes agredido perde o tato. Mas quando pára de sofrer agressões, recupera a sensibilidade e tudo recomeça. Não quero isso!
Não quero mais nada! Não quero ter nada, não quero ver nada, não quero sentir nada, nem o amor... Não consigo aceitar essas perdas... Tudo que me é dado, é tirado logo em seguida... Uma dor sobrepõe a outra...De que sou feita senão de carne? Isso pesa sobre mim mais que a gravidade.Amo os animas, os cães, os gatos e os pássaros, e eles me amam, e me abandonam...
Há remédio que cure a doença da vida? A doença cotidiana que enfraquece as forças espirituais e oprime o corpo físico...
Prefiro o estilo baixo ou o médio. A tragédia e a catarse são belas, mas a farsa e a comédia não agridem...
Confissão
Minha alma nua, meu coração despido, meus pensamentos desnudos...
Sou exibicionista... Mais exibicionista do que voyer. Adoro ser vista, principalmente nua...
Já disse que não sou hipócrita!!!
Não me acredite depravada ou pervertida... Não se entregue, pois das duas uma: ou você gosta de observar ou de ser observado... Eu assumo o que sou... Gosto de ser vista...
Veja-me, e estarás dando-me um enorme prazer...
Contemple minha alma nua. Veja minhas sujeiras, minhas imundícias, minhas fraquezas...
Conheça-me e poderás tocar quem vos fala....
Não há penitência que me salve... Não quero ser salva, quero ser lida!
Não consigo esquecer a dor
Estou com uma consciência tão conformada. Conformada, não conformista! Não que eu tenha aceitado o fato de coisas desagradáveis acontecerem, mas passei a entender que as discrepâncias geram equilíbrio.
Imagine como seria se o homem que eu amasse me amasse também.... Não existiria uma cadeia de sentimentos humanos. Neste caso, eu devo amá-lo que ama outra pessoa que, por sua vez, não o ama também por amar outro e por aí vamos seguindo...
Para que serve tudo isso que escrevo? Não sei se servem para você, mas para mim é uma tentativa de busca de mim mesma... E está sendo válido... Ainda não me encontrei, mas encontrei o que a Helissa quer e não quer para si. A minha Helissa quer que você leia isso e possa perceber que apesar dela não te ver, você vai pensar nisso. Ela não quer deixar de existir, apenas morrer.
Eu sou o homem mais feio que já conheci. Sou feia mesmo. Sou má. Sou amargurada e pirracenta. Sou inteligente, mas sou estúpida. A sábia mais néscia, ou a néscia mais sábia... Sou um conjunto de paradoxos. Você também é! Somos poesia, somos sociedade, somos Literatura, somos História, somos tão humanos... Eu seria capaz de te amar intensamente agora mesmo e te odiar no mesmo instante... Eu já faço isso com ele!
Ele não passa de metade homem e metade deus e já manda na minha vida, nas minhas vontades, nos meus sonhos, como Zeus manda em todos...
Ele não é capaz de mandar na aprendiz.... Mas ele não é hipócrita! É ousado... Sempre pensarei nele...
Pensarei nele.
Ele passa e tudo fica silencioso...
Como o odeio, odeio aquele rosto maldito, deformado pelo Tempo, pelas adversidades. Rugas! Aquelas rugas me dizem mais quando a boca está fechada. Coração... Ele tem isso? Tem sim, o meu que dei a ele. Alma: a minha habita aquele corpo.
Tenho cópias de corações no peito. Sou tão humana...
Oh, Deus, porque amá-lo? Porque existir? Porque você lê isso? Você só vai confirmar o quanto sou infeliz....
Que bom! Você dividirá comigo essa aflição... E quando eu morrer, você será culpado por isso...
...
Cansada estou... Sem forças, vazia, triste... Tomada de uma revolta, de uma mágoa... Contra quem? Não sei. Mas quero que acabe. Que isso se acabe ou que acabe comigo, para não mais sentir isso...
Porque insisto em amá-lo? Não consigo deixar de enxergar isso...
Deveria eu ler mais?
Acho que estou pensando demais.........
Amando demais.........
Correndo demais......... Contra mim mesma, a favor da dura e cruel realidade...
Isso está apenas começando...
O Inferno seria melhor que isso...
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Companhias dessa noite chuvosa
"- Diga-me, Basil, Dorian Gray lhe quer muito? O pintor pareceu concentrar-se alguns instantes. - Sim, quer-me - respondeu depois de uma pausa; - eu sei que ele me quer. Elogio-o demasiadamente, é verdade. Sinto um estranho prazer em dizer-lhe coisas de que me arrependerei depois. Geralmente, ele é muito gentil para comigo, e ficamos sempre no estúdio falando de mil e uma coisas. De vez em quando, porém, mostra-se horrivelmente irritadiço, parecendo sentir um verdadeiro prazer em magoar-me. Nesses momentos, Harry, sinto que dei toda a minha alma a uma criatura que a trata como uma flor que se põe na lapela, como uma condecoração que seduz a sua vaidade, como o ornamento de um dia de verão."
Trecho da ópera Carmen, de Bizet:
Última parte da poesia Amor, do Victor Hugo:
Epigrama Número 8:
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Retrato de uma cena
Ela estava inchada de amor, como grávida. O temor lhe achatava. Ela sabia que iria morrer. Ele não a compreendia.
- Você é a razão das minhas palavras. - Ela insistiu. Isso não vai parar.
Ele a olhava perplexo. Nunca a imaginara tão decidida, tão segura, tão amada. Ele percebeu que a amava o suficiente para merecer suas composições.
Ela sabia que se saísse, não voltaria. Ninguém é descartável, nem insubstituível.
A atmosfera que os envolvia era de confusão. As incertezas vieram à tona. Ela havia de dar o passo que precisava ser dado. Estaria condenada a sua própria vontade. Ela continuaria o que começou. Isso era realmente necessário? Era importante, mas não tanto quanto aquele olhar lento.
Ele seria esquecido? "O sorriso dela combina com seus grandes olhos". Ela vai embora para o bem dele. O bem dele é dor. Sem aquele sorriso ele entenderá o que é a subjetividade no quadro obscuro.
O amor é uma coisa. Nem sempre é preciso se realizar para ser amor. Ele num extremo, ela noutro. A linha reta os separa. Essa linha é o amor. O amor os separa. Eles sempre se amarão. Desde que o amor não se realize neles...
Sobre o fim do meu amor
Ao destruir esse amor, eu estaria acordando e vivendo a realidade imposta a mim, considerando-se que eu não tenho livre-arbítrio. Porque se eu tivesse livre-arbítrio eu teria o poder de tê-lo. Ou então, poderia buscar o meu fim fatal sem temer a penúria eterna. Mas, eu não tenho livre-arbítrio. E não posso tê-lo. E não posso sonhar, pois minha consciência me perturba ao me mostrar que a verdade é relativa. A verdade é relativa a mim e à minha dor. Minha dor dói tão intensa que já não a sinto. Eu o amo tanto que ele já nem sente. Não conheço o desespero pois comparado à minha dor, ele é limitado. Só sei que morro a cada dia... Morro quando o vejo e tenho vontade de enterrá-lo.
A minha vida racional não combina com seus passos alterados. O meu amor não serve para ele; na verdade, o meu amor o serve. Não nasci para ser escrava de semi-deuses. Antes enterrada viva do que vassala.
Renuncio agora a minha loucura. Preciso manter-me em pensamentos e não em devaneios. Ir-me-ei como se apaga a frágil chama de uma vela numa chuva fria. E meu amor por ele será enterrado vivo para que morra de forma cruel e violenta a ponto de chocar o que é humano.
É mais difícil acabar com o que faz mal do que com o que faz bem. Vou acabar com ele!
Não o amo mais...
terça-feira, 1 de abril de 2008
Para aquele que me compreende
Os pássaros voam. Executam suas atribuições, fazem jus à sua liberdade, enfim, sabem viver.
Um pássaro eu conheci. Outro pássaro trouxe a mim. Como se me trouxesse um presente.
Pássaro de vôo disperso e presença cálida. Vejo-o, não o vejo. Sinto-o, sempre o sinto.
Esse pássaro está em mim, como as nuvens no céu, como o amor nas mães.
Em meio a profissão, esse pássaro tira-me da profissão...
É um pássaro dócil...
*Referência a São Bernardo de Graciliano Ramos
Não entendi o que quis dizer...
Cansada alivou-se de saber que existe continuação.
Refrigerei-me nas minhas aflições porque tudo é efêmero.
Tudo recomeça.
A vida não é um jogo de palavras cruzadas, onde tudo se encaixa.
Na verdade, o melhor da vida é a descombinação que nela há.
A vida é um círculo vicioso:
Tudo se repete em um novo contexto.
Mas ninguém é o mesmo.
A situação não é a mesma.
Porque "não se pode banhar no mesmo rio duas vezes".
Mas pode-se observar atento com uma nova máscara.
E o meu olhar sobre isso muda.
Porque já não sou a mesma de antes.
Mas ainda assim sou a mesma de antes.... com essa de agora!
E eu sou melhor ou pior a cada dia, a cada noite, a cada dor, a cada conquista, a cada leitura...