quarta-feira, 29 de junho de 2011

Fraturado

Poema escrito no dia 22/06/2011, às 17h15, por Helissa Soares, Lino Calaça e Luiz Ricardo


Os meus pés me excitam
quando você os toca
Pois as mãos também são formas
Brutas de uma genitália
Mas do bruto ao singelo, nada
importa, quando tais miragens
são presas de uma visão amarga.
Amargo é ao meu paladar,
mas adocica minha vida!
E eu só quero viver com você!
Mas você está quase morto
e a ressurreição dos seus sentimentos não foi datada
E de um pobre moribundo,
mais vale a vida prisioneira,
do que a morte libertada.
Existe democracia no amor?
A verdade é que um é
amado enquanto o outro é
desgraçado....
O que fazer? Sexo?!
Talvez, quem se importa?
O Amor às vezes bate à minha porta
Mas quase nunca deixo ele entrar
Por isso creio que minha alma é torta
E o meu corpo é tudo que você pode amar.
Mas flexível como o amor,
mais fácil dilata a dor,
e esse desdém eu lhe mendigo,
é para não sermos amigos
e fazer que esse mendigo
mendigue sempre o que
desdenhar. Amém!

*************** Fim *****************

domingo, 19 de junho de 2011

Reeditado

Leão 2 e a Lua de Santo Antônio

A lua de hoje se parece com um grande prato branco de porcelana chinesa
A lua de hoje está mais prateada que branca.
Quando eu era criança, minha mãe me dizia que São Jorge morava na lua com seus dragões.
Esse homem que possui e domina dragões é você nessa cidade onde o joio se confunde com o trigo.
Eu sou o trigo que você conheceu como joio e que não conseguiu descobrir trigo.... Não conseguiu ou não quis.
Você se parece com o príncipe encantado que anda num cavalo branco, mas a ordinariedade do seu cotidiano é tão banal que você não passa de são jorge sem dragão.
Ao sair à noite para ver a lua, vi seu rosto olhar para mim como os olhos apaixonados daquela música do Frejat....
Eu pensei que ia morrer em janeiro
Eu pensei que ia morrer em fevereiro
Eu ainda chorei muito em março
Eu parei de me arrastar em abril
Em maio eu deixei de ser tão delirante
Estamos em junho e escrevo essa coisa qualquer que já não me obedece mais...
Ela tem forma própria e não se submete aos meus caprichos
Ela me diz que não é poesia, mas o que é poesia desde os tempos românticos?
Essa coceira no meu coração arde quando jogo mertiolate o mertiolate é a saliva de sua boca quando me beija sem paixão
Em seis meses, tivemos seis semanas de lua cheia - essa é a sexta e eis-me aqui a lembrar que você é um leão expatriado involuntariamente do safári africano
O que há de ser amanhã? Não sei, já passou da meia noite!
Sei que amanhã ainda é lua cheia com São Jorge e seus dragões como únicos habitantes, os olhos a me perquirir e você um leão parecido com príncipe encantado montado em cavalo branco
Boa noite!
Que seus sonhos sejam molhados como o útero de minhas entranhas;

- A lua resiste às trevas noturnas engolidoras!

sábado, 18 de junho de 2011

Leão 2 e a Lua de Santo Antônio

A lua de hoje se parece com um grande prato branco de porcelana chinesa
A lua de hoje está mais prateada que branca.
Quando eu era criança, minha mãe me dizia que São Jorge morava na lua com seus dragões.
Esse homem que possui e domina dragões é você nessa cidade onde o joio se confunde com o trigo.
Eu sou o trigo que você conheceu como joio e que não conseguiu descobrir trigo.... Não conseguiu ou não quis.
Você se parece com o príncipe encantado que anda num cavalo branco, mas a ordinariedade do seu cotidiano é tão banal que você não passa de são jorge sem dragão.
Ao sair à noite para ver a lua, vi seu rosto olhar para mim como os olhos apaixonados daquela música do Frejat....
Eu pensei que ia morrer em janeiro
Eu pensei que ia morrer em fevereiro
Eu ainda chorei muito em março
Eu parei de me arrastar em abril
Em maio eu deixei de ser tão delirante
Estamos em junho e escrevo essa coisa qualquer que já não me obedece mais...
Ela tem forma própria e não se submete aos meus caprichos
Ela me diz que não é poesia, mas o que é poesia desde os tempos românticos?
Essa coceira no meu coração arde quando jogo mertiolate o mertiolate é a saliva de sua boca quando me beija sem paixão
Em seis meses, tivemos seis semanas de lua cheia - essa é a sexta e eis-me aqui a lembrar que você é um leão expatriado involuntariamente do safári africano
O que há de ser amanhã? Não sei, já passou da meia noite!
Sei que amanhã ainda é lua cheia com São Jorge e seus dragões como únicos habitantes, os olhos a me perquirir e você um leão parecido com príncipe encantado montado em cavalo branco
Boa noite!
Que seus sonhos sejam molhados como o útero de minhas entranhas;

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Alguns meses depois ela ainda sente a falta dele...
O que será preciso fazer para que a linha luminosa seja percebida em meio às trevas engolidoras?
Dizem que somos as escolhas que fazemos. Devemos fazer as escolhas corretas. Mas como fazer as escolhas corretas se, quando paramos para pensar, não sabemos o que é certo e o que é errado?
Como pode alguém fazer a escolha errada, querendo o que é certo? E como é possível que não se saiba distinguir o certo do errado?
O que será preciso fazer para sentimentos destrutivos sejam removidos de um coração que quer se refazer? Diariamente sobrevivemos e aceitamos que, ao fim de cada dia, no dia a seguir recomece-se todas nossas lutas e batalhas. O que fazer quando lutamos todos os dias o mesmo combate que não nos leva a nada? Por que abandonamos um finado vivo em nossa vida, em nossas atitudes e prosseguimos sem o peso extra na bagagem, mas ele ainda insiste em nos atormentar de forma sobrenatural? Controlando nossas atitudes, mantemos nossa dignidade, mas como lidar com os sentimentos involuntários?
O que será preciso fazer com pessoas que atravessam nosso caminho como um nuvem negra, pesada e úmida, que no começo anuncia a chuva, a vida, a colheita, mas no final, em todo seu excesso, sufoca, afoga, mata? A educação é a pior armadilha que a sociedade nos impõe, pois somos obrigados a ser polidos com pessoas que sequer mereceriam saber de nossa existência.
O que é preciso fazer quando não se aguenta mais? O que é preciso fazer quando não se quer comer, beber, sair, comprar, dançar, cantar, chorar, sorrir, orar, viver.... E quando se quer fazer tudo isso, mas não consegue? E quando a dor e mágoa que você carregou a vida toda, transforma-se em terrível preguiça de prosseguir e você não tem medo, nem receio de nada, mas também não tem expectativas e, finalmente, nem desejos?
Duvido que alguém tenha essas respostas...