sexta-feira, 10 de junho de 2011

O que será preciso fazer para que a linha luminosa seja percebida em meio às trevas engolidoras?
Dizem que somos as escolhas que fazemos. Devemos fazer as escolhas corretas. Mas como fazer as escolhas corretas se, quando paramos para pensar, não sabemos o que é certo e o que é errado?
Como pode alguém fazer a escolha errada, querendo o que é certo? E como é possível que não se saiba distinguir o certo do errado?
O que será preciso fazer para sentimentos destrutivos sejam removidos de um coração que quer se refazer? Diariamente sobrevivemos e aceitamos que, ao fim de cada dia, no dia a seguir recomece-se todas nossas lutas e batalhas. O que fazer quando lutamos todos os dias o mesmo combate que não nos leva a nada? Por que abandonamos um finado vivo em nossa vida, em nossas atitudes e prosseguimos sem o peso extra na bagagem, mas ele ainda insiste em nos atormentar de forma sobrenatural? Controlando nossas atitudes, mantemos nossa dignidade, mas como lidar com os sentimentos involuntários?
O que será preciso fazer com pessoas que atravessam nosso caminho como um nuvem negra, pesada e úmida, que no começo anuncia a chuva, a vida, a colheita, mas no final, em todo seu excesso, sufoca, afoga, mata? A educação é a pior armadilha que a sociedade nos impõe, pois somos obrigados a ser polidos com pessoas que sequer mereceriam saber de nossa existência.
O que é preciso fazer quando não se aguenta mais? O que é preciso fazer quando não se quer comer, beber, sair, comprar, dançar, cantar, chorar, sorrir, orar, viver.... E quando se quer fazer tudo isso, mas não consegue? E quando a dor e mágoa que você carregou a vida toda, transforma-se em terrível preguiça de prosseguir e você não tem medo, nem receio de nada, mas também não tem expectativas e, finalmente, nem desejos?
Duvido que alguém tenha essas respostas...

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