terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Prosa mínima

Um ser indigno bateu à minha porta hoje!
Apareceu às 07 da matina, quando o alarme soou.
Voltou às 08h30 e perturbou meu sono letárgico, anestesiado.
Finalmente, às 11h47, invadiu meu pequeno cômodo habitável, quando abri a porta para entrar um vento, pois o calor está de matar.
Esse ser indigno chama-se Minha Consciência. E está sentado ao meu lado, enquanto vivo essa tarde de calor em Goiânia...
Pois é, eu não vivo em São Petersburgo. E sou uma estudiosa medíocre de Charles Baudelaire, pois nem lê-lo em francês eu sei...

Reencontrei o moço do violão. Reencontrei por muitas vezes. E agora vivo um encontro constante com ele. O bom dos encontros e reencontros é que eles quebram com a mesmice do cotidiano, e dão um novo ânimo de que os dias seguintes serão um pouco melhores, como novos encontros. O ruim é que sempre chegam as horas comerciais e dá a hora de ir embora, porque amanhã é um novo dia útil, e todos precisam fazer algo importante.
Estou na grande angústia aguardando acabar minha noite de encontro. Parece até que só consigo pensar nisso, em nenhuma outra coisa mais, por mais alegre que seja.
Não é insegurança, nem ciúmes, nem medo da morte... é a consciência do fim!

Detesto coisas mal resolvidas!

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