Estou apaixonada.
É um amor doloroso e poético.
É um amor gratuito.
Não espero nada em troca e sei que não terei nada em troca.
Mas é amor.
Por isso, o amor é solitário.
A voz do amor é ouvida num monólogo.
Não existe sonho a dois no amor.
O amor que sinto é carregado de dor e temperado de ódio.
É amor-ódio.
Os dois extremos.
Os dois pólos opostos.
Mas a energia no amor desinteressado nos atrai.
Nos atrai nem que seja para nos separar.
Porque eu o amo.
E ele ama o meu amor por ele.
Eu sou a Flor de Lis que desabrocha para ele.
Ele é o Pássaro que insiste noutros jardins, mas a minha atmosfera é envolvente.
E acaba que ele sente amor-ódio também.
Mas o amor dele é diferente.
O amor dele não dói.
O amor dele é prosaico.
O amor dele é caro.
É caro para mim.
E eu sempre vou amá-lo.
Pois não consigo desprezá-lo.
E se eu não amá-lo,
Eu poderia odiá-lo.
E sentiria ódio por ele.
Ódio-amor.
Amor-ódio.
Sandman
Há 10 anos

2 comentários:
Talvez o que melhor foi dito!
adorei
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